terça-feira, 16 de março de 2010

Avatar: aquele do carequinha, sabe?


Com bom humor na medida certa, fugindo da postura exagerada adotada pelos desenhos atuais, Avatar: The last airbender, é uma série surpreendente, provando que o sucesso de uma aventura não está em inventar um cenário espalhafatoso e intrincado, mas em um bom roteiro. Com um ritmo despretensioso, os episódios agradam pelo modo sutil como se desenrolam e as sequencias de ação, muito criativas por conta dos “dobradores”, pessoas capazes de dominar um dos quatro elementos (fogo, terra, água e ar) por meio de artes marciais.

Dividido em três temporadas, a série narra os feitos de Aang, o último dobrador do ar (daí o título) destinado a derrotar o tirano Oozai, senhor do reino do Fogo. Acompanhado da encantadora Katara e seu irmão Sooka, o menino cruza o mundo em busca de dominar os quatro elementos. No decorrer de sua jornada, eles ganham diversos aliados e inimigos, que dão um colorido especial a série.

Apesar do argumento simples, engana-se quem subestima o potencial da animação, que possui diálogos inteligentes, um cenário bem construído, e personagens muito cativantes. O desenho também traz uma interessante lição de amizade e responsabilidade. Tais qualidades renderam a série uma adaptação para o cinema, dirigida por M. Night Shyamalan.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Forte e intenso como um soco na cara

Com tantos fãs de quadrinhos, por que até agora ninguém vestiu uma roupa colante e saiu combatendo o crime? A resposta está em Kick Ass, de Mark Millar e John Romita Jr. Não recomendado para os mais sensíveis, a história é extremamente violenta e politicamente incorreta.

Na HQ, somos apresentados ao estudante Dave Lizewski, um adolescente com problemas de identidade e viciado em quadrinhos. Inspirado pelos heróis de papel e visando sair do anonimato, o garoto decide vestir uma roupa de mergulhador e combater o crime, armado de tacos de baseball. Batizado pela mídia de Kick Ass (Chuta Rabos), ele começa a inspirar outras pessoas a abraçar a vida de vigilante e incomodar os mafiosos da região. Nesse ponto, Dave descobre que na vida de super-herói, peito de aço é um dos pré-requisitos...

Explorando a estética da violência, Millar segue a linha de suas histórias e exagera na trilha de sangue e tripas espalhadas pela HQ. Sem contar com os personagens controversos, no melhor estilo amo/odeio. Por fim, Kick Ass terá uma adaptação para o cinema ainda este ano, que para o desespero da molecada, receberá o cruel selo “para maiores de 18 anos”.