terça-feira, 30 de junho de 2009

O Masp

Quando o Superman precisa de um tempo para si, seja para refletir ou ter um pouco de paz, ele foge para a Fortaleza da Solidão. Localizada em algum lugar no Ártico, ali ele se sente seguro e confortável para clarear sua mente e imaginar um meio de resolver seus conflitos internos. Assim como esse grandalhão de aço, eu também possuo uma Fortaleza da Solidão: o vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp).

Fixado na avenida Paulista, o Masp possui um dos acervos de arte mais importantes do mundo, com obras de Rafael, Velazquéz, Van Gogh, entre outros grandes mestres. Além disso, seu prédio é arquitetonicamente fabuloso, desenhado pela arquiteta modernista Lina Bo Bardi. Sustentado por quatro pilares de 74 metros, o edifício permite aos que passam na avenida uma maravilhosa vista do centro da capital paulista. E justamente essa peculiaridade o torna tão especial para mim.

Admirando aquela paisagem, eu e meus amigos passamos diversas tardes trocando planos para o futuro e rindo das bobagens do cotidiano adolescente, entre um gole de cerveja e um trago num cigarro. Eu sentia como se estivesse no topo do mundo, forte e invencível. Além das boas lembranças, aquele local me inspirou a seguir a carreira de jornalista, me apresentando uma selva de pedra cheia de histórias a serem contadas.

Semana passada eu visitei o Masp novamente, procurando o mesmo sentimento. Para minha surpresa, visitar o vão livre e não me sentir o Superman é impossível.

3 comentários:

  1. hauahuahua... Muito bom, Rafa! Agora deu pra entender esse seu fetiche pelo vão livre... hauhaua...
    E citar dentre os artistas que têm suas obras no Masp justo o Rafael é, no mínimo, certa presunção de sua pessoa... hauhauahuahu

    ZM

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  2. Plim-Plim
    Rafa!

    Naty-chan!

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